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Bolsonaro usa o debate contra Lula, mas perde a mão: “Tudo o que não presta”

Após chamar os candidatos de mentirosos e atacar uma jornalista, presidente virou alvo. Ciro e Tebet transmitiram moderação

No momento mais aguardado da campanha eleitoral de 2022 até o momento, os líderes nas pesquisas de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), se encontraram para debater com os candidatos Ciro Gomes (PDT), Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Desde o início, Bolsonaro tentou impor um tom agressivo, fechando sua participação: “Tudo que não presta”. Havia receios sobre a participação de presidente, que não vai bem em debates, ainda mais diante de políticos experientes como Lula e Ciro. A direção da campanha de Bolsonaro o convenceu a se expor para ganhar mais votos.

Houve tensão no início, já que Lula pediu para não ficar ao lado de Bolsonaro, que lhe dirigiu ataques, chamando-o de “corrupto” por causa da Petrobras e “ex-presidiário”, com a condenação anulada da Lava-Jato. Líder nas pesquisas, o petista retrucou: “Bravatas e números que não existem”. Esse início deu o tom do presidente, que também confrontou os demais, chamando os participantes de mentirosos – menos Felipe D’Ávila – e até jornalistas. Pouco antes do início da transmissão, Bolsonaro criticou a Rede Globo, afirmando que esperava que Lula fosse entrevistado por um “cabo eleitoral” como o jornalista William Bonner, que na quinta-feira (25) participou de uma entrevista considerada amena com o petista. Clima diferente da tensa sabatina com mandatário na segunda-feira (22).

Lula o tempo todo tentou reafirmar as conquistas dos governos petistas e das medidas de transparência adotadas. Os sigilos de 100 anos impostos pelo presidente foram criticados. Ciro aproveitou suas oportunidades criticando Bolsonaro (o Orçamento Secreto seria uma continuação do Petrolão) e Lula (“encantador de serpentes”), reforçando seus planos de mudança do modelo econômico. Ciro, Simone Tebet, Soraya Thronicke e Luiz Felipe D’Ávila tentaram se mostrar como políticos moderados, falando de planos.

Machista

No segmento com perguntas de jornalistas, Vera Magalhães questionou Ciro sobre baixa cobertura vacinal. No momento do comentário de Bolsonaro, ele preferiu atacar gratuitamente a jornalista, o que fugiu totalmente do roteiro do debate e atraiu reações das candidatas Tebet e Thronicke, que apontaram seu machismo.

Bolsonaro encerrou sua participação classificando seu maior adversário de “tudo o que não presta”, esvaziando a discussão política. No direito de resposta, o petista rebateu: “Fui preso para ele se eleger presidente. Nesse processo todo, estou mais limpo que ele e qualquer outro presidente dele”.

A percepção é que Lula se manteve na defensiva, Bolsonaro perdeu a noite por sua destemperança, com Tebet e Ciro ganhando espaço.

O debate foi transmitido pela Band ao vivo neste domingo (28), com transmissão simultânea pela TV Cultura e, nas redes, pelo UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Todos na CNN

Nesta segunda-feira (29), a CNN Brasil fará a Supersemana de Eleições, que irá ao ar até a próxima sexta (2), com os seis principaiscandidatos à Presidência. Conduzido pelo jornalista William Waak, o programa “WW Especial: Presidenciáveis”, irá ao ar às 20h.

As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM organizaram um novo debate entre os candidatos, previsto para ir ao ar ao vivo, no sábado, 24 de setembro.

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