A câmara dos representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (13), o segundo impeachment contra o presidente Donald Trump, acusado pelos congressistas de “incitação à insurreição”, após a invasão ao Capitólio, na semana passada. Agora, a decisão segue para aprovação do Senado, que deve evitar a queda do presidente. O atual líder da maioria, o senador republicano Mitch McConnell, protelou a votação a fim de evitar um vexame para seu partido. McConnell afirmou que ainda não decidiu seu voto. É a primeira vez que um presidente americano sofre dois processos sucessivos de impeachment.
Como o mandato presidencial acaba em 20 de janeiro e o Senado descarta uma sessão extraordinária para decidir o pedido vindo da Câmara, Trump deve escapar do impedimento, mas não de um processo que pode lhe custar os direitos políticos, barrando sua volta à Casa Branca a partir 2025. O Senado só retorna do recesso em 19 de janeiro, um dia antes da posse de Biden.
A razão é está na falta de tempo e na renovação do Senado, que deixará de ter maioria republicana para viver um raro equilíbrio, com 50 democratas e 50 republicanos.
Na Câmara, o placar ficou com 232 votos a favor do impedimento e 197 contra. Os democratas deram 221 votos a favor, junto com 10 concordâncias republicanas. Ocorreram cinco abstenções, uma democrata e quatro republicanas.
“O presidente dos Estados Unidos incitou esta insurreição, esta rebelião armada contra nosso país”, afirmou a líder democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara. “Ele precisa sair. Ele é um perigo claro e presente para a nação.” Pelosi teve seu gabinete saqueado por manifestantes. A votação foi garantida por um forte esquema de segurança que deve se repetir na posse do presidente eleito Joe Biden.