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Câmeras em uniformes da PM em SP evitaram 104 mortes

Estudo da FGV aponta redução de 63% das lesões corporais decorrentes de intervenção policial

O uso de câmeras corporais nos uniformes da Polícia Militar (PM) de São Paulo evitou 104 mortes, revelou um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV). As câmeras corporais tiveram um impacto positivo, reduzindo em 57% as mortes decorrentes de ações policiais em relação a unidades onde ainda não houve a implantação dessa tecnologia.

“Considerando o número de áreas tratadas, isso significa que cerca de 104 mortes foram evitadas nos primeiros 14 meses de introdução das câmeras considerando apenas a região metropolitana da capital”, apontam os pesquisadores no relatório. O estudo ainda concluiu que houve uma redução de 63% em lesões corporais decorrentes de intervenção policial após o uso das câmeras corporais. O estudo foi elaborado pelos pesquisadores Joana Monteiro, Eduardo Fagundes, Julia Guerra (FGV) e Leandro Piquet (USP).

As câmeras operacionais portáteis, conhecidas como câmeras corporais, começaram a ser utilizadas pela Polícia Militar paulista em 2020. Essas câmeras de lapela são fixadas nos uniformes dos policiais para que suas ações nas ruas sejam monitoradas. O objetivo do governo paulista ao instalar as câmeras nos uniformes foi reduzir a violência policial.

Para os pesquisadores, além de reduzir o uso excessivo da força, o uso desse tipo de equipamento também ajudou a ampliar a notificação de outros crimes. Com as câmeras, por exemplo, o total de apreensão de armas cresceu 24%. Já os registros de casos de porte de drogas cresceram 78% e, os de violência doméstica, aumentaram 102%.

“Além de violência doméstica, houve aumento no volume de notificações de ocorrências de baixo potencial ofensivo como furtos, discussões e brigas, agressões e ameaças. Esses resultados sugerem que as câmeras podem reforçar o cumprimento de protocolos e a notificação de ocorrências que costumam ser subnotificadas”, informou o relatório.

Para o estudo, os pesquisadores compararam unidades policiais da região metropolitana de São Paulo que contam com a tecnologia e as que ainda não utilizam as câmeras. A pesquisa analisou o período entre janeiro de 2019 e julho de 2022 e foi feita utilizando duas fontes de dados: os registros de ocorrência lavrados pela Polícia Civil e que incluem informações, por exemplo, sobre mortes e lesões corporais decorrentes de intervenção policial; e os boletins de ocorrência da Polícia Militar.

(Agência Brasil)

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