O cardiologista Marcelo Queiroga será o novo ministro da Saúde, substituindo o criticado general de divisão, Eduardo Pazuello. Quarto titular desde o início da pandemia, Queiroga assumiria a condução da pasta na pior hora, com recordes de mortes e atrasos na vacinação. Sua nomeação foi definida na tarde desta segunda-feira (15), em reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Na mesma hora, o ministro Pauzuello apresentava as mais recentes ações da Saúde, sendo criticado pela imprensa.
Marcelo Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), amigo do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), contaria com o aval do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI) e teria trânsito com os secretários estaduais de saúde. Ainda não haveria uma data para o novo ministro assumir. Não se sabe como o médico conduzirá a pasta neste momento tão crítico, porém a substituição se faria necessária diante da inépcia de Pazuello. Fora da esfera do governo, os primeiros a saber da decisão parecem ter sido pastores evangélicos que se encontraram com o presidente nesta tarde.
O novo titular ganhou força depois do desacerto entre Bolsonaro e a cardiologista Ludhmila Hajjar, que disse ter sido alvo de ataques, ameaças de morte e até uma tentativa de invasão ao quarto de hotel onde estava hospedada em Brasília. No encontro com Hajjar, além do pouco caso do presidente diante de suas queixas, houve discordância mútua sobre lockdowns, tratamentos precoces ineficazes e política de vacinação.
