Os casos globais da covid-19 atingiram um recorde diário na segunda-feira (28), interrompendo a temporada de férias um ano depois que as vacinas começaram a ser lançadas e dois anos após o surgimento do vírus que muitos esperavam que fosse passageiro.

As mais de 1,44 milhão de infecções em todo o mundo quebraram o recorde anterior após calcular um dia em dezembro de 2020, quando a Turquia retratou um número significativo de casos. Um indicador mais conservador – a média móvel de sete dias que suaviza flutuações únicas e irregularidades de relatórios de feriados – também está em um nível recorde, graças a uma onda de infecções pela ômicron.

A variante altamente mutada e mais transmissível ainda, ômicron está rapidamente se tornando a cepa dominante globalmente, pois foge da imunidade normalmente fornecida por vacinas e infecções anteriores. A média contínua de casos de sete dias na segunda-feira ficou em cerca de 841 mil, um salto de 49% em relação ao mês anterior, quando o ômicron foi identificado pela primeira vez no sul da África.

Estudos sugerem que, embora o ômicron infecte 70 vezes mais rápido do que as cepas anteriores, a doença que ele causa pode não ser tão grave, especialmente para pessoas vacinadas e receberam uma injeção de reforço. A facilidade de transmissão e o número crescente de casos ainda podem reduzir a capacidade hospitalar em todo o mundo, deixando os não vacinados e qualquer pessoa que precise de cuidados médicos para outras condições em apuros. Os governos já estão alertando que as infecções e a hospitalização podem disparar após o feriado, estabelecendo um tom sombrio à medida que o mundo caminha para o terceiro ano da pandemia.

O lado bom é que as mortes diárias de covid não aumentaram significativamente. A média de sete dias de mortes oscilou em cerca de 7 mil desde meados de outubro, após cair de um pico impulsionado pelo delta, apesar do surgimento do ômicron.