Estudo da Bond University analisou celulares coletados em ambientes hospitalares entre 2019 e 2023
Uma revisão sistemática de 15 estudos de 10 países mostrou que quase metade dos celulares testados durante a pandemia transportavam o vírus da covid-19. Os resultados, publicados no Journal of Infection and Public Health, sugerem que os celulares podem ter contribuído para a rápida disseminação da doença pelo mundo.
O estudo, realizado pela Bond University, na Austrália, analisou celulares coletados em ambientes hospitalares entre 2019 e 2023. Os resultados mostraram que, de 511 celulares, 231 (45%) estavam contaminados com o vírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19.
O principal investigador, Dr. Lotti Tajouri, acredita que a revisão forneceu uma explicação convincente para a rápida disseminação da Covid em todo o mundo, apesar das medidas de controle rigorosas. Ele afirma que os celulares funcionam como uma “terceira mão”, sendo facilmente tocados por pessoas infectadas e, em seguida, por pessoas saudáveis, que podem então se contaminar.
Além disso, estudos anteriores mostraram que o vírus pode permanecer vivo em superfícies de vidro, como telas de celulares, por até 28 dias. Com mais de sete bilhões de celulares utilizados em todo o mundo, os aparelhos representam um grande risco de disseminação da covid-19.
O estudo reforça a importância da higiene das mãos como medida de prevenção à covid-19. Além disso, o Dr. Tajouri afirma que “o futuro do controle das infecções é impulsionado pela tecnologia”. Ele sugere o uso de desinfetantes UV-C para celulares em ambientes de cuidados de saúde e também em áreas públicas, como banheiros públicos, hotéis e espaços públicos.
