O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (10) a lei que facilita a compra de vacinas pela União, pelos governos estaduais e municipais e pela iniciativa privada. Também foi sancionada a medida provisória que permite a compra de imunizantes antes de aval da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) – e dá sete dias úteis para o órgão decidir sobre aprovações temporárias.
Na cerimônia no Palácio do Planato estavam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Diferentemente de outros eventos, todos usavam máscara, inclusive Bolsonaro. Mesmo sem deixar de lado a reprovação às medidas de isolamento social e ainda mantendo a defesa de medicamentos sem eficácia para o tratamento da covid-19, o presidente fez um discurso mais ponderado, defendendo a atuação do governo. “Fomos e somos incansáveis desde o primeiro momento na luta contra a pandemia e um exemplo para o mundo”, afirmou, apesar das críticas internacionais. “O governo federal não poupou esforços e não economizou recursos para atender a todos os estados e municípios”, acrescentou. “Não desamparamos o povo brasileiro”, destacou ao falar do auxílio emergencial.
Curiosamente, o uso da máscara em um ato público veio após Bolsonaro ser criticado mais cedo pelo ex-presidente Lula por não adotar os protocolos sanitários. Uma outra atitude observada após o discurso do petista foi a defesa da vacinas por um integrante do clã Bolsonaro. No Twitter, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou uma imagem de seu pai e a afirmação de que o país imunizará “dezena de milhões de brasileiros” nos próximos dois meses. “Vacina para gerar empregos!”, garantiu.