A fusão entre DEM e PSL abriu novos horizontes para o grupo que originou o União Brasil e que tem direito a quase R$ 1 bilhão em recursos públicos para o pleito eleitoral de 2022. Em meio às articulações partidárias, parlamentares estimam despertar uma espécie de segunda força, com pelo menos, 70 deputados e seis senadores, sendo capaz de ditar o ritmo e dar as cartas no Congresso Nacional, influenciando o próximo presidente eleito, seja ele quem for.
E para cumprir esse propósito radicalmente moderado, afeito ao poder e conduzido por gente habilidosa em prestar serviços legislativos ao governante da vez em troca de cargos, favores e verbas – o que não foge da lógica pragmática e própria da relação entre Legislativo e Executivo no Brasil, esse CentrãodoB ambiciona agregar força numérica para assumir o controle da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e, seguida dela, outros espaços fundamentais que ditam o ritmo da governança pública como a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Ter o controle da CMO é o coringa que o CentrãodoB precisa para elaboração do orçamento de 2023, que será executado pelo próximo presidente eleito em outubro. Se por um lado muitos consideram audácia fazer frente ao tradicional Centrão, outros líderes partidários avaliam como saudável a coragem do grupo, mesmo que os princípios que a motivam sejam meramente idênticos ao do grupo liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).
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