Sucessivos lockdowns contra onda do coronavírus ameaçam ritmo da economia
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang (imagem), afirmou nesta quarta-feira (25) que as dificuldades econômicas do país hoje são maiores que em 2020 e apelou por mais medidas de estímulo para assegurar que o a economia cresça num ritmo razoável, segundo relato da Rádio Nacional Chinesa.
Pela primeira vez em três décadas, a China deve descumprir por uma margem elevada sua meta de crescimento anual. O governo definiu o objetivo de crescer 5,5% este ano, mas a expansão do PIB deve ficar em 4,5% segundo a média das mais recentes previsões.
Desde que o sistema de metas para crescimento foi adotado, há 33 anos, apenas em 1998 o governo chinês reconheceu não ter atingido seu objetivo, mas por uma margem de apenas 0,2 ponto percentual. Em 2020, por causa da pandemia do coronavírus, Pequim não definiu uma meta de expansão do PIB. E, agora, em 2022, sucessivos lockdowns para conter uma nova onda do coronavírus, dentro da estratégia do país de covid zero, ameaçam a expansão da economia.
Analistas têm ficado cada vez mais pessimistas com a economia chinesa este ano. Alguns, como a Bloomberg Economics, já preveem expansão de apenas 2% – o que faria a economia americana ter crescimento maior do que a chinesa neste ano pela primeira vez desde 1976.
Iphone adiado
A Apple pode atrasar o lançamento da linha iPhone 14, previsto para setembro, por conta dos lockdowns na China, onde os celulares são produzidos. As informações são do portal Nikkei Asia. Com as restrições impostas na China por conta da pandemia de covid, as fábricas Foxconn e Pegatron tiveram que fechar as portas. Só a Pegatron, em Xangai, teria atrasado a produção dos iPhones em três semanas.