A China substituiu Chen Quanguo, que como chefe do Partido Comunista na região de Xinjiang supervisionou uma operação de segurança contra uigures e outros muçulmanos em nome da luta contra o extremismo religioso. Chen, em seu posto desde 2016, vai passar para outra função e Ma Xingrui, governador da poderosa província econômica costeira de Guangdong desde 2017, o substituiu, disse a agência oficial de notícias Xinhua no sábado (25), sem dar mais detalhes.
Pesquisadores das Nações Unidas e ativistas de direitos humanos estimam que mais de um milhão de muçulmanos foram detidos em campos na região de Xinjiang, no oeste da China. A China rejeita as acusações de abuso, descrevendo os campos como centros vocacionais projetados para combater o extremismo e, no final de 2019, disse que todas as pessoas nos campos haviam “se formado”.
Chen, de 66 anos, é membro do Politburo da China e é amplamente considerado o alto funcionário responsável pela repressão à segurança em Xinjiang. Ele foi sancionado no ano passado pelos Estados Unidos.
Na quinta-feira (23), o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou uma lei que proíbe as importações de Xinjiang devido a preocupações com trabalho forçado, provocando uma irada condenação chinesa.Alguns legisladores e parlamentos estrangeiros, bem como os secretários de estado dos EUA nas administrações Biden e Trump, rotularam o tratamento do genocídio dos uigures.