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Ciro Gomes lança pré-candidatura em tom populista messiânico

Com um discurso prolixo e populista de quase 2 horas sem intervalos, Ciro Gomes (PDT) subiu ao palanque para lançar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto nesta sexta-feira (21), na sede do partido, em Brasília. A data foi escolhida por ser véspera do centenário de nascimento do líder trabalhista e ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.

Ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará. Ciro fez alusões ao seu livro “Projeto Nacional: O dever da esperança”, lançado em 2020, afirmando ser o único pré-candidato com propostas concretas para o Brasil. Ele também tentou emplacar o novo slogan “Rebeldia da Esperança”, criando a narrativa romântica de uma povo brasileiro rebelde e que ainda tem esperança de um país melhor. Todavia, o Ciro comedido que parecia surgir não durou quando citou o presidente, em tom de crítica de mesa de bar: “Qualquer um pode ganhar uma eleição, até o boçal do Bolsonaro”. Também culpou o atual governo pelo desastre na condução da pandemia – não está errado.

E a exemplo de quem almeja substituir, não poupou a classe política, o setor financeiro e o empresariado. “Se o Brasil é o mesmo país com mesmas qualidades, por que a estagnação?” E completou, “meu patrão é o povo”, em um arroubo messiânico. Para Ciro, discutir estado mínimo ou máximo é “balela do liberalismo”, necessário mesmo é o estado inteligente – o metaverso mágico que criou. Como ex-Fazenda, inusitadamente criticou o tripé macroeconômico que defendeu – câmbio flutuante, meta de inflação e meta fiscal.

Milhões de empregos

Na toada que estava, não surpreendeu ao mencionar a revogação da lei do teto do gastos, chamando de austeridade draconiana. Apesar de suas críticas aos liberais, ele não parece disposto a revogar a Reforma Trabalhista de Michel Temer (MDB), mas suscitou uma revisão – o que sempre pode ser bem-vindo. E após tantos ataques, soltou um truísmo: “Nós sabemos quais os inimigos a combater: a pobreza, a inflação, a violência, o racismo, corrupção, a destruição do meio ambiente”. Bandeiras que ninguém de esquerda, direita e centro podem contestar.

Por fim, explicou suas propostas: reestruturar o pacto federativo, taxar grandes fortunas, retirar o nome das pessoas do SPC Serasa, mudar a política de preços da Petrobras, gerar 5 milhões de empregos emergencialmente (?), oferecer gás de cozinha pela metade do preço e internet para os mais empobrecidos. Em um momento de autorreflexão, ele se perguntou em voz alta: “Como eu vou ter dinheiro para tudo isso? Força do povo, boa política e a benção de Deus”.

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