A Polícia Federal (PF) ouvirá o ministro-chefe da Casa Civil, um dos líderes dos Centrão e presidente do Progressistas, Ciro Nogueira (imagem), em 29 de novembro, na condição de investigado no inquérito que apura a venda de apoio político do partido para a coligação da ex-presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014. A informação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quarta-feira (10).
A investigação em curso no Supremo apura o pagamento de R$ 42 milhões em repasses do frigorifico JBS à legenda na campanha, na qual, uma fatia teria ido para Nogueira. O inquérito também investiga o suposto pagamento de outro montante que foi prometido ao político pela empresa para adiar a reunião que decidiria a saída do PP da base do governo Dilma, em março de 2016. O valor teria sido pago ao cacique em março de 2017.
Vale destacar que Nogueira já prestou depoimento, mas novas provas apresentadas por Joesley Batista e Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da JBS, levaram à necessidade de ouvi-lo novamente. Segundo o delegado da PF, Rodrigo Borges Correia, essa deve ser a última diligência antes da apresentação do relatório final.