Pedetista marcou território com pragmatismo e tenta convencer que ainda dá tempo de fugir da polarização
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) participou de mais uma sabatina nesta quinta-feira (1°), desta vez da CNN Brasil. O pedetista está em terceiro lugar nas intenções de voto (8% pelo levantamento Genial/Quaest de ontem e 9% pelo Datafolha nesta de hoje). Ele repetiu seu discurso reformista, equilibrado entre as preocupações sociais e o livre mercado, marcando território como o nome da terceira via. Em sua entrevista para o jornalista William Waak, no “WW Especial: Presidenciáveis”, Ciro fez se desculpou por suas declarações costumeiramente contundentes – ou “palavrosas”, como ele já definiu -, mas sem ofensas intencionais. Ainda que não conte com apoio de grandes partidos, eles faz questão de frisar que acredita em uma saída fora do campo Lula/Bolsonaro. “Sou o cara certo no momento certo”.
O projeto nacional de desenvolvimento do pedetista é complexo e prevê a taxação de lucros e dividendos de grandes fortunas para financiar renda mínima para brasileiros vulneráveis. Segundo Ciro, sua caneta terá muito poder, o que significa acabar com emendas de relator, interferir na política de preços da Petrobras e combater a corrupção com medidas de transparência. O “fio do bigode” também teria valor, já que ele jura abdicar da reeleição – mesmo afirmando que seu projeto é de longo prazo e conta com pouca base.
Ao final, repetiu o apelo aos brasileiros, atacando a “cleptocracia petista” e a “repugnância bolsonarista”. Sobre sua opção em um provável segundo turno em que não fará parte, não cravou posição, dizendo que seguirá na iniciativa privada, lecionando ou advogando.
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM organizaram um novo debate entre os candidatos, previsto para ir ao ar ao vivo 24 de setembro, sábado.
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