Augusto Fonseca cuidava das estratégias do PT contra Sergio Moro, que agora está no mesmo União Brasil e pode até ser vice
O União Brasil confirmou que manterá a candidatura de Luciano Bivar (imagem) à Presidência da República. O anúncio oficial do partido será em 31 de maio, com a expectativa de chapa puro-sangue com a senadora do Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke, como vice. A ironia é que o marketing da campanha será conduzido por Augusto Fonseca, que até recentemente liderava a estratégia do também pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um dos alvos do trabalho era o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, quando era presidenciável pelo Podemos. No final de março, Moro migrou para o União.
Fonseca adiantou que a candidatura de Bivar “é para valer” e que o presidente do União Brasil “não está esquentando lugar”. Segundo o publicitário, o carro-chefe da campanha será o imposto único. Mesmo com as articulações apontando para Thronicke como vice, até existe a possibilidade de Moro integrar essa chapa para puxar votos.
Enquanto isso, a senadora do Mato Grosso do Sul corre pelos bastidores para reforçar sua posição. “Meu nome está colocado. Desejo ser vice, mas ainda não há nada definido oficialmente. Meu nome foi sondado e aceitei, se for o desejo do partido”, afirmou Thronicke.
A corrida pré-eleitoral conta ainda com o impasse entre PSDB, MDB e Cidadania, que definiram internamente a senadora Simone Tebet como candidata à Presidência. O anúncio oficial, porém, será dado somente na próxima semana, a fim de dar tempo para João Doria desistir, mesmo sendo o escolhido pelo PSDB nas prévias. O tucano promete, caso sofra um golpe interno, judicializar a candidatura.
Juntos, Tebet, Doria e Bivar somam 4% das intenção de votos, de acordo com a mais recente pesquisa Ipespe. Até o início de maio, eles estavam em um dos blocos que declarava representar a terceira via.