O Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia anunciou, nesta quarta-feira (14), que vai pretende ampliar a utilização de leitos privados para pacientes do SUS e antecipar o uso da vacina da Pfizer para maio e junho, colocando mais 15,5 milhões de doses no Plano Nacional de Imunização (PNI).
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (à direita na imagem) destacou que o governo tenta evitar a escassez de insumos hospitalares para intubação com ajuda da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), mediante um pregão internacional. A importação de cilindros de oxigênio do Canadá será ampliada em 180%. A carga contratada inicialmente daria para encher 18 carretas, enquanto as entregas futuras lotarão cerca de 50. Queiroga não citou tratamentos precoces.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) (à esquerda na imagem), justificou a criação tardia do grupo e da secretaria extraordinária: “O comitê veio no momento que percebemos a necessidade de um alinhamento de ideias entre os Poderes” – foi preciso atingir 300 mil mortos. Ele destacou que a crise sanitária é uma guerra com decisões difíceis a serem tomadas e que não se pode judicializar as questões do ministério – o que não ocorre, já que há uma CPI em curso no Senado.
O senador citou os projetos para compra e aplicação de vacinas pela iniciativa privada, aprovado na Câmara e em discussão no Senado, e de ampliação do programa de residência médica para intensivistas (médicos, enfermeiros e fisioterapeutas). Pacheco também falou da possibilidade de fábricas de vacinas veterinárias serem direcionadas à produção de vacinas de uso humano, além um programa de distribuição de máscaras e álcool em gel aos vulneráveis.
Representante da Câmara, o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ) afirmou que está em discussão a criação de uma carteira de vacinação on-line para sanar o atraso nas informações, abrindo a possibilidade da adoção de um passaporte da imunidade com dados praticamente em tempo real. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já havia questionado o governo sobre os contínuos atrasos nas informações de remessas de vacinas e vacinados por estado.