Até pouco tempo atrás, o ex-governador Geraldo Alckmin era visto como o franco favorito para ocupar o Palácio dos Bandeirantes a partir de 2023 – especialmente se o seu companheiro de chapa fosse Márcio França, também um dos líderes das pesquisas sobre a sucessão em São Paulo. Ocorre que Alckmin, ao que tudo indica, deve ser mesmo o vice de Luiz Inácio Lula da Silva. O destino político do ex-governador, portanto, mudaria bastante o quadro estadual, que agora pode ser sacudido novamente.
França e Fernando Haddad têm conversado muito sobre essa disputa e aparentemente fizeram um pacto: no início do ano, quem estiver melhor colocado nas pesquisas será o candidato ao governo. O outro disputará o Senado. Com isso, PT e PSB unirão esforços e se alinharão à chapa presidencial Lula-Alckmin.
Caso Haddad esteja na frente e França se retire da disputa, o o cenário atual sofrerá uma reviravolta, pois haverá espaço para novos nomes. Centro e direita, assim, podem ganhar terreno – e aí que entram em campo políticos que hoje estão lá embaixo nas enquetes. O vice-governador, Rodrigo Garcia, e o ministro Tarcísio Freitas, consequentemente, passam a ter mais chances. O quadro seria mais favorável a Garcia, que, apesar do desconhecimento geral do público, teria a máquina pública a seu lado.
Resta, ainda, uma dúvida. O que fará o governador João Doria? Manterá sua candidatura à presidência? Ou, diante de números desfavoráveis na corrida ao Planalto, cogitaria a reeleição? Caso desista de postular a presidência, Doria seria responsável por mais uma mudança radical no quadro político paulista.
Como se vê, o ano de 2022 promete grandes emoções. Haja Rivotril…
