Cúpula de Dubai fará revisão do que foi proposto em edições passadas
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) começou nesta quinta-feira (30) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O encontro reúne representantes de cerca de 200 países e 70 mil pessoas, e tem como principal objetivo avaliar as ações climáticas dos países desde o Acordo de Paris, assinado em 2015.
A COP28 é a primeira conferência a realizar um balanço global das contribuições dos países para a redução do aquecimento da terra. A análise servirá de base para a COP30, em 2025, quando o Acordo de Paris completará 10 anos.
Os dados preliminares do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) indicam que as emissões de gases do efeito estufa aumentaram 1,2% entre 2021 e 2022. Isso significa que o mundo está muito longe de atingir a meta de limitar o aquecimento da terra a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.
Segundo a diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC Brasil, Karen Oliveira, existe um risco de essa meta ser revista. “Infelizmente, este é um debate que está na mesa. Às vezes, os próprios textos das discussões sobre o clima usam o termo ‘preferencialmente’ ao citar a necessidade de não passar a meta de 1,5ºC. Mas nós sabemos que não é uma questão de preferência, é uma questão obrigatória frente as consequências danosas das mudanças do clima”, afirmou.
Para a coordenadora adjunta de Política Internacional do Observatório do Clima, Stela Herschmann, é preciso fazer muito mais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. “O mundo está muito fora de rota para conseguir limitar o aumento da temperatura em 1,5ºC. Então, é preciso fazer muito mais, e isso passa pela eliminação dos combustíveis fósseis”, defendeu.
(Com Agência Brasil)