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COP28: otimismo cauteloso em meio à desconfiança

Cúpula do clima receberá a partir desta quinta-feira (30) representantes de diferentes países; ainda há interrogações em relação à liderança do evento

A cúpula do clima da ONU (COP28) começa nesta quinta-feira (30) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com a expectativa de novos compromissos para limitar o aumento da temperatura global. O presidente do evento, o sultão al-Jaber, assumiu o cargo sob controvérsias, mas mostrou-se otimista de que é possível chegar a um acordo para limitar o aquecimento global em 1,5°C.

O objetivo principal do evento é revisar os compromissos assumidos na COP 26, realizada em Glasgow, na Escócia, em 2021. Naquela ocasião, os países se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2030, em relação aos níveis de 2010, e a atingir a neutralidade de carbono até 2050.

No entanto, os cientistas alertam que esses compromissos não são suficientes para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. Para limitar o aquecimento global a 1,5°C, o limite acordado no Acordo de Paris, as emissões de gases de efeito estufa precisam ser reduzidas em 45% até 2030.

Os impactos das mudanças climáticas já são sentidos em todo o mundo. Enchentes, secas, ondas de calor e incêndios florestais são cada vez mais frequentes e intensas. No Brasil, esses impactos são ainda mais graves. Em 2023, o país já registrou o dia mais quente de sua história, com 44,8°C em Araçuaí, Minas Gerais.

Os Estados Unidos e a China, os maiores poluidores do mundo, já sinalizaram que estão dispostos a assumir compromissos mais ambiciosos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Em novembro de 2023, os dois países anunciaram um acordo para reduzir as emissões de metano em 30% até 2030.

Um bloco de 27 países da União Europeia também estuda, pela primeira vez, implantar um fundo internacional que possa financiar projetos de combate às mudanças climáticas. O objetivo é estimular que países mais pobres possam também investir em iniciativas que reduzam as alterações climáticas.

Desconfianças

A COP28 reunirá mais de 70 mil delegados de diferentes países para discutir temas como a transição para energias renováveis, a adaptação às mudanças climáticas e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

No entanto, a realização da cúpula em Dubai, um país dependente do petróleo, levantou preocupações de que o evento possa ser usado para favorecer negócios com empresas petrolíferas.

O presidente da COP28, al-Jaber, é presidente executivo da Adnoc, a petrolífera nacional dos Emirados Árabes Unidos. Ele disse que sua liderança ajudará a envolver outros produtores de petróleo na luta contra as mudanças climáticas.

A Arábia Saudita, outro país produtor de petróleo, não costuma demonstrar compromissos com as metas climáticas da ONU. Al-Jaber disse que o governo saudita estaria disposto e receptivo a aderir às ações propostas.

Ainda, o presidente pediu que os países mais ricos “não atrasem o acordo até os últimos dias”, algo que aconteceu na COP27 e deixou os países em desenvolvimento em desvantagem na negociação. “Quanto mais cedo se abrirem, se envolverem e colaborarem, mais será alcançado”, afirmou.

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