A Mesa da CPI da Pandemia decidiu postergar as questões relativas a gestão do ex-ministro da Saúde e general da ativa e recém-nomeado a secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República Eduardo Pazuello. O foco será no “gabinete paralelo”, aponta uma reportagem da Folha de S.Paulo deste sábado (5).
A mudança ocorre após o site Metrópoles revelar na sexta-feira (5) que o grupo realmente existia em 2020, mesmo que isso tenha sido negado pelos depoentes, incluindo a médica Nise Yamaguchi, que aparece no vídeo. Outro fator foi a decisão do Exército de não punir Pazuello após sua participação no ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro em 23 de maio. Para o senador e presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), um novo depoimento do ex-ministro agora se tornou dispensável.
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), explicou que há indícios que o gabinete se estruturou na gestão de Pazuello, porém isso precisa ser investigado. Ainda na sexta-feira, ele afirmou à Rádio CBN que o Planalto ignorou 53 e-mails da Pfizer sobre a aquisição de vacinas entre setembro e dezembro de 2020.