Bacha, Malan, Arida e Fraga esperam que o petista conduza economia de forma responsável
Os economistas Edmar Bacha, um dos articuladores do Plano Real, e Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda no governo de Fernando Henrique Cardoso, divulgaram nota nesta quinta-feira (6) declarando que vão votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno presidencial. Os economistas Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC), e Pérsio Arida, que participou da formulação do Real, também assinam a nota. Eles já haviam anunciado seus votos no início da semana.
Os quatro esperam que Lula tenha uma condução responsável na economia. Na prática, o aceno público ao candidato não reverteria, necessariamente, em votos, mas repercute positivamente no mercado como forma de atrair setores do empresariado.
Ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Arida afirmou que considera o presidente Jair Bolsonaro (PL) claramente uma ameaça à democracia brasileira e que houve imenso retrocesso civilizatório em seu governo. Em campanhas anteriores, ele coordenou o programa do atual candidato a vice na chapa majoritária do PT, o ex-tucano e ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB).
Em agosto, durante a leitura de duas cartas em defesa da democracia no Largo São Francisco, na Faculdade de Direito da USP, Armínio Fraga discursou: “Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram”, explicou. A evento foi marcado por com insinuações golpistas e ataques de Bolsonaro contra o processo eleitoral.