O proprietário da Davati Medical Supply, Herman Cardenas, alvo da CPI da Pandemia após ter oferecido 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca contra covid-19, justificou a presença de intermediários nas negociações com o governo Bolsonaro. Em entrevista ao Fantástico neste domingo (1º), Cardenas afirmou que o representante de sua empresa no brasil, Cristiano Carvalho (imagem), lhe enviou uma foto sua ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Seria uma forma de Carvalho comprovar ao presidente da Davati que estava negociando junto ao presidente brasileiro. A imagem, no entanto, era falsa.
“Cristiano [Carvalho, um dos representantes de vendas da Davati] demonstrava estar numa reunião com o presidente do Brasil. Hoje a gente sabe que a foto deve ser fake. Eu mal posso acreditar que alguém usaria uma imagem de 2019 para dizer que estava presente ali, como se fosse em 2021”, relatou Cardenas.
A companhia já foi ouvida pela CPI na figura do policial militar Luiz Paulo Dominguetti e do empresário Cristiano Carvalho. Dominguetti disse aos senadores que, ao oferecer as 400 milhões de doses ao Ministério, o então diretor de Logística, Roberto Dias, pediu propina para fechar o negócio. Dias nega.