A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quarta-feira (14), a realização de pesquisas clínicas de duas novas vacinas contra o novo coronavírus. Uma é desenvolvida pelo Instituto de Biologia Médica da Academia Chinesa de Ciências Médicas (Imbcams, na sigla em inglês), da China, e a outra é produzida pela empresa AstraZeneca.
Imbcams
A primeira pesquisa realizará ensaio clínico de fase 3, controlado por placebo, para avaliar a eficácia, segurança e a imunogenicidade da vacina do Imbcams, que usa a tecnologia de vírus inativado. O estudo, a ser realizado no Brasil, integra parte de uma pesquisa maior que também está sendo realizada na China e em outros países. Farão parte dos testes adultos de 18 anos de idade ou mais que receberão duas doses, com intervalo de 14 dias entre a primeira e segunda dose. Serão 34.020 participantes no Brasil, Malásia, Bangladesh, China e México. Desse total, 7.992 participarão dos testes no Brasil, que serão realizados no Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e São Paulo.
AstraZeneca
A segunda pesquisa aprovada testará a vacina (AZD2816), da AstraZeneca com a tecnologia de vetor de adenovírus recombinante, a mesma utilizada na Covishield. A vacina será fabricada pela Symbiosis Pharmaceutical Services, sediada no Reino Unido, uma nova versão do imunizante aplicado no país (AZD1222) que foi modificado para fornecer proteção contra a cepa beta (B.1.351) da África do Sul. O estudo, de fase 2 e 3 parcialmente duplo-cego, randomizado, será aplicada em voluntários previamente vacinados e não vacinados para determinar a segurança e a imunogenicidade da vacina candidata.
A AstraZeneca quer verificar a eficácia do imunizante, que atuaria como uma espécie de terceira dose para indivíduos soronegativos que receberam anteriormente uma vacinação primária, tanto a Covishield ou as que utilizam tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) como Pfizer e Moderna. Também será verificada a eficácia para os não vacinados.
Serão 2.475 participantes no Brasil, Reino Unido, África do Sul e Polônia. Aqui está prevista a participação de 800 pessoas no Distrito Federal, Bahia, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
(Com Agência Brasil)