Governador não disse a qual cargo vai concorrer nas eleições e é cotado como presidenciável
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (28) que renunciará ao cargo e permanecerá no partido. Ele deixa o governo próximo do dia 2 de abril, data limite dada pela Justiça Eleitoral para ter a possibilidade de concorrer à presidência da República. Caso optasse pela reeleição ao governo, não seria necessária a saída.
Leite não disse a qual cargo concorrerá na eleições de outubro, informou apenas que está “se apresentando”, mas relembrou as prévias do PSDB disputadas em novembro do ano passado – vencida pelo governador de São Paulo, João Doria. Nas últimas semanas foi ventilada a saída de Eduardo Leite do PSDB para concorrer à presidência no PSD, partido de Gilberto Kassab.
Previsível
O anúncio, feito em vídeo transmitido coletiva no Palácio Piratini nesta tarde, já era esperado por tucanos e pessoas próximas. Em seu discurso, ele destacou que, apesar das prévias tucanas terem escolhido o governador paulista João Doria como pré-candidato, há “novos atores” no jogo, referindo-se à possível aliança com MDB e União Brasil. O vice, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), deverá assumir o posto na próxima quinta-feira (31).
Derrotado pelo governador paulista João Doria (PSDB) nas prévias do partido, em novembro, Leite tem sido estimulado por membros do partido a seguir como pré-candidato e chegou a ser sondado por outras siglas. Segundo as regras da Justiça Eleitoral, qualquer comandante do Executivo deve entregar o cargo para se candidatar a outro cargo até o sábado (2). Pré-candidato tucano ao Planalto, Doria deverá repassar o cargo a Rodrigo Garcia (PSDB), que tentará reeleição em outubro. Em seu discurso, Leite não disse que tentará concorrer ao Planalto, mas se referiu a uma “construção nacional” em diversos momentos.