Em fórum com investidores, presidente afirmou que “ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%”
Durante evento em Portugal nesta segunda-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou mais uma vez a taxa de juros no Brasil, que tem estado em 13,75% ao ano por oito meses consecutivos, tornando-se a maior taxa real de juros do mundo. O Banco Central brasileiro, que determina a taxa de juros, justifica que isso é necessário para controlar a inflação.
Em um fórum com investidores, Lula afirmou que “ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”. Ele ainda argumentou que é importante que o dinheiro circule no país para que a economia se desenvolva, mas não nas mãos de poucos, e sim de todos.
Lula também reiterou sua defesa em diminuir a taxa de juros, dizendo que isso pode estimular o crédito e aumentar o crescimento econômico do país, além de permitir que os pobres tenham acesso a mais oportunidades.
“É a gente garantir que os pobres possam participar. Porque quando eles virarem consumidor, vão comprar. Quando eles comprarem, o comércio vai vender. Quando o comércio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produto na fábrica. […] Mais emprego vai gerar mais salário, é a coisa mais normal de uma roda gigante da economia”, explicou Lula.
Privatização
O presidente também voltou a defender estatais e criticar privatizações durante discurso. “No Brasil, não vamos vender empresas públicas. O que queremos é convidar os empresários a fazerem parcerias conosco naquilo que a gente precisa criar de novo”, disse o petista.
“Nos últimos seis anos, se vendeu muito patrimônio público. Não para construir outro patrimônio ou outro ativo. Se vendeu para simplesmente pagar juros da dívida pública. Nos desfizemos do nosso patrimônio, nosso patrimônio ficou menor e a qualidade do serviço não melhorou”, acrescentou.