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Empresas lideradas por mulheres focam mais no ESG

De acordo com estudo da KPM, companhias com mulheres líderes tem 54% de desempenho na área ambiental, 53% na social e 48% em governança

A sigla ESG realmente se tornou algo de suma importância para os negócios – tanto que a McKinsey apontou no ano passado que o termo agora é primordial em questões como investimentos, fusões e aquisições de negócios. Com isso em mente, outra consultoria, a KPMG, lançou um estudo levantando tópicos relevantes para a sigla.

De acordo com o estudo “S de ESG – Governança Social para Startups”, criado em parceria com a venture WE Impact, as startups com mais mulheres na liderança olham com mais atenção para o assunto. Empresas com mulheres líderes tem 54% de desempenho na área ambiental, 53% na social e 48% em governança. Em empresas sem mulheres em posição de liderança, os percentuais caem para 40%, 42% e 46%, respectivamente.

Nos dados levantados pelo relatório, empresas com maior número de mulheres em cargos de liderança têm maior abertura a mudanças, menor propensão a riscos e foco maior em inovação, fatores que abrem mais portas para as mudanças propostas pelas políticas de ESG.

“72% das empresas com mulheres no conselho têm notas de ESG elevadas. Naquelas em que não há presença feminina, apenas 24% alcançaram um bom desempenho”, afirma a KPMG em seu estudo.

Na visão de Jennifer Shulman, líder global de ESG da KPMG no Canadá, os dados apontados pelo estudo mostram como as empresas vêm passando por uma mudança cultural e também geracional. “Mulheres e homens mais jovens valorizam e buscam o que uma empresa focada em ESG pode oferecer, porque o ESG não é apenas diversificado, ele também é inclusivo”, explica.

Para elucidar mais sobre como as empresas podem reforçar sua cultura ESG, o relatório divulgado também resolveu incluir dicas de como iniciar sua jornada na sigla, a partir de avaliações internas, estratégia e implementação. Segundo o presidente da KPMG no Brasil e América Latina, Charles Krieck, o primeiro passo está no autoconhecimento.

“Para definir em quanto tempo queremos ter determinada porcentagem de sócios pretos ou pardos, fizemos a reflexão: o que vem antes de sócio, gerente? E quantos gerentes pretos e pardos temos? Se percebermos que temos dez gerentes e queremos 20 sócios, a mudança não vai acontecer. Precisamos, primeiro, ter mais gerentes pretos e pardos. É preciso fazer um levantamento sobre como resolver cada questão”, aponta Charles.

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