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Enxurrada de mentiras

Poucos dias após as enchentes de devastaram as cidades do Alto Taquari, no Rio Grande do Sul, foram ensaiadas campanhas maliciosas, o que obrigou as autoridades a se pronunciarem. A principal era sobre a suspensão das doações aos desabrigados até que o presidente Lula voltasse da Índia para entregá-las pessoalmente. O episódio foi escolhido como a Fake da Semana de MR.

A mentira começou a ganhar corpo no domingo (10), com a disseminação de um vídeo postado pela veterinária Samara Baum, presidente da ONG Unidos Pelos Animais (UPA), de Sarandi (RS). “Chegamos agora em um centro de distribuição de Lajeado [RS] e recebemos a informação de que não vão ser liberados alimentos para que sejam feitas as doações, para aguardar o presidente Lula chegar a Lajeado para fazer fotos, vídeos e publicações em cima das doações”, afirmou.

O vídeo logo começou a ser compartilhado sem critério. Foi o que fez o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que apagou o conteúdo na segunda-feira (11), quando soube que a Polícia Federal (PF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) haviam entrado no caso para desmontar a farsa e procurar os responsáveis.

Ainda no domingo (10), o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, desmentiu tudo e foi lançado um comunicado: “As doações seguem normalmente, inclusive chamaremos os clubes de serviços e voluntários pra acelerar a distribuição pra chegar nas famílias que começam a retornar para as casas. Não recebemos nenhuma orientação de nenhum governo, nem tampouco cumpriríamos tal absurda determinação se viesse”.

Outras cidades afetadas também lançaram alertas sobre a fake.

Desmascarada, Samara disse que se expressou “errado” e que se referia ao presidente em exercício: “Porque eu estava muito revoltada. Eu falei, sim, sobre o presidente Lula, eu me expressei errado pela raiva. Seria o presidente Alckmin, que está em exercício. Eu me equivoquei no momento”. Uma desculpa esfarrapada, pois as entregas aos desabrigadas continuaram. Ela também disse que o vídeo inicial era um desabafo e que não era para ter vazado, pois pediu para não repassar. Mesmo assim, voltou ao tema: “Afetou e incomodou a política, eu não tenho causa política”.

Mentira. Desde 2018 ela posta nas redes sociais atacando quem considera adversários políticos e o Supremo Tribunal Federal (STF).

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) também foi obrigada a se pronunciar e o ministro da Justiça, Flavio Dino, classificou o caso como “crime” e informou que já está sendo analisado pela Polícia Federal (PF).

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