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Equipe de segurança de Trump estuda rede 5G como opção contra espionagem da China

Por Steve Holland e Pete Schroeder

WASHINGTON (Reuters) – A equipe de segurança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está analisando opções para se contrapor à possibilidade de a China espionar telefonemas nos EUA, entre as quais o governo construir uma rede sem fio 5G superveloz própria, segundo uma autoridade de alto escalão de Washington.

A autoridade, que confirmou uma reportagem do site Axios.com, disse, no domingo, que a opção está sendo debatida por enquanto em um escalão mais baixo do governo, e que só daqui a seis a oito meses deve chegar às mãos do presidente.

A ideia de uma rede própria 5G tem por meta abordar o que autoridades veem como uma ameaça chinesa à segurança cibernética e econômica dos EUA.

A gestão Trump vem adotando uma postura mais rígida em relação a políticas iniciadas pelo antecessor Barack Obama em questões que vão do papel da China para conter a Coreia do Norte ao empenho chinês para adquirir indústrias norte-americanas estratégicas.

Neste mês a AT&T foi forçada a descartar um plano para oferecer aos seus clientes telefones fabricados pela chinesa Huawei porque alguns membros do Congresso fizeram lobby com agências reguladoras federais contra a ideia, disseram fontes à Reuters.

Em 2012, a Huawei e a ZTE Corp foram tema de uma investigação dos EUA que analisou se seus equipamentos proporcionavam uma oportunidade de espionagem estrangeira e ameaçava, elementos cruciais da infraestrutura dos EUA.

Alguns membros do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados continuam preocupados com as ameaças de segurança representadas pela Huawei e a ZTE Corp, de acordo com um assessor do Congresso.

Nesta segunda-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hua Chunying disse que a China proíbe todas as formas de invasão cibernética, mas não tratou especificamente da questão de segurança da rede 5G.

“Acreditamos que a comunidade internacional deveria, com base no respeito e na confiança mútuos, fortalecer o diálogo e a cooperação e somar esforços abordando a ameaça dos ataques cibernéticos”, disse Hua durante um boletim de rotina à imprensa.

Um temor crescente mencionado na apresentação é a presença cada vez maior da China na fabricação e operação de redes sem fio. Um esforço governamental orquestrado poderia ajudar os EUA a competirem nessa frente, de acordo com a apresentação.

(Reportagem adicional de Duston Volz, Suzanne Barlyn e David Shepardson, e Michael Martina em Pequim)

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