Uma postagem nas redes sociais elevou a pressão para que Ernesto Araújo seja demitido do Ministério das Relações Exteriores. A saída dele ganhou força na semana passada depois da sessão no Senado para tratar das ações da pasta no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Vários parlamentares criticaram a conduta do chanceler e afirmaram que ele havia perdido a condição de permanecer na função, principalmente pela piora das relações com a China, grande fornecedora de insumos para a produção de vacinas. No domingo (28), Ernesto resolveu reagir à fritura e, ao contar detalhes de uma reunião privada, insinuou uma ligação da senadora Katia Abreu (PP-TO) com o lobby chinês pela tecnologia 5G. Citada, Katia chamou o ministro de mentiroso e marginal, além de ter pedido a demissão dele. “O Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal. Alguém que insiste em viver à margem da boa diplomacia, à margem da verdade dos fatos, à margem do equilíbrio e à margem do respeito às instituições”, escreveu em nota. “Se um chanceler age dessa forma marginal com a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado da República de seu próprio país, com explícita compulsão belicosa, isso prova definitivamente que ele está à margem de qualquer possibilidade de liderar a diplomacia brasileira”, acrescento no texto. Outros parlamentares saíram em defesa de Katia, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (DEM-AP). Confira: