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Escolha seu influenciador científico

A pandemia trouxe um renovado interesse do grande público pela ciência como contraponto às fake news. Cientistas, escritores, médicos e até estudantes que se apresentam nas redes sociais com desenvoltura ganharam os holofotes, assumindo a condição de influenciadores – antes restrita à personalidades da mídia. No Brasil, o biólogo e pesquisador Atila Iamarino é uma referência. Com mais de 1 milhão de seguidores no Twitter, 975 mil no Instagram e 1,3 milhão no YouTube, ele utiliza as redes disseminar informações avalizadas pela ciência sobre a covid-19. “Hoje em dia, pelo menos na mentalidade brasileira, se um assunto não é importante nas redes sociais, não é importante e ponto”, afirmou à Deutsche Welle, em dezembro. Ao lado dele, há o consagrado médico, escritor e apresentador Dráuzio Varela, com 397 mil seguidores no Twitter.

O interesse pelo saber científico se reflete na Fuvest, que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP). Para 2021, houve um crescimento de 22,3% nas inscrições para Biomédicas. O curso se tornou um dos dez cursos mais concorridos. Medicina se mantém como a mais procurada na USP, com um crescimento de 19,4% em relação ao ano anterior, com 18,8 mil inscritos. Pode parecer pouco, mas se daqui alguns anos tivermos um aumento na quantidade de pesquisadores e profissionais bem formados, parte desse mérito pode se dever aos mestres e doutores que tentam esclarecer o público da forma mais clara possível.

Confira alguns dos influenciadores científicos mais ilustres no Brasil e no exterior:

Atila Iamarino
Formado em ciências biológicas pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor em virologia pela Universidade de Yale, foi professor visitante de Física na Unicamp.

Drauzio Varella
Aos 77 anos, o oncologista e divulgador científico é autor de 13 livros. Ele ganhou fama por seu trabalho na televisão, onde explica questões de saúde, em especial câncer e aids, sempre dando ênfase contra o preconceito. Durante anos atendeu os condenados quem cumpriam pena no antigo presídio do Candiru, em São Paulo. Ao longo de sua carreira lecionou e clinicou no Brasil, EUA, Japão e Suécia.

Wasim Syed
Estudante de farmácia da USP Ribeirão Preto e integrante da União Pró-Vacina (UPVacina), é membro do grupo de divulgação científica Vidya Academics. Syed é o quinto brasileiro escolhido para integrar a ação global #EquipeHalo (do inglês, #TeamHalo), da Organização das Nações Unidas (ONU), para aproximar as pessoas da ciência. Com 42 mil seguidores no Tik Tok, ele faz parte de uma nova safra de influenciadores.

Denise Garrett
Epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin, em Washington, ela dirige uma equipe focada na geração de evidências epidemiológicas para ajudar na tomada de decisões sobre vacinas. Garrett trabalhou no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA por 23 anos e se concentrou em pesquisa e saúde internacional. Tem 28 mil seguidores no Twitter.

Otavio Ranzani
formado pela USP, tem experiência em medicina intensiva e infecções respiratórias. Possui 25 mil seguidores no Twitter.

Miguel Nicolelis
Considerado pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes de 2009, foi o primeiro cientista a receber no mesmo ano dois prêmios dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e o primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science. Lidera um grupo de pesquisadores em neurociência na Universidade Duke, nos EUA. O Twitter é a sua rede de maior relevância, com 90 mil seguidores. Possui 14 mil seguidores no Instagram e 36 mil no YouTube.

Roberto Kalil
Cardiologista e professor da FMUSP, conselheiro do InCor e fundador e diretor do centro de cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, está apenas no Instagram, com 600 mil seguidores. Ele é conhecido por seu modo didático e direto de informar.

E no exterior

Neil deGrasse Tyson
Ph.D pela Universidade de Columbia, Tyson investiga a formação e a evolução estelar, cosmologia e astronomia galáctica. Já ocupou importantes cargos nas universidades de Maryland e Princeton, no Museu Americano de História Natural e no Planetário Hayden. Conhecido pelo seu trabalho como divulgador científico, apresentou a sequência da série televisiva Cosmos, criada pelo astrônomo Carl Sagan. Possui 14 mil seguidores no Twitter e 1,4 milhão no Instagram.

Devi Sridhar
Cientista americana formada em Oxford, na Inglaterra, ocupa é a titular da cadeira de saúde pública global da Universidade de Edimburgo, na Escócia. Autora dos livros, “The Battle Against Hunger: Choice, Circumstance and the World Bank” e o “Governing Global Health: Who Runs the World and Why?”, estudou a epidemia do ebola na África Ocidental e usou seus conhecimentos no Harvard Global Health Institute e na London School of Hygiene & Tropical Medicine, onde avalia as respostas para futuras pandemias. No Twitter, possui 254 mil seguidores, no Instagram, apenas 6 mil. Esta semana, apresentou argumentos baseados no comportamento da epidemia em Manaus que derrubam a hipótese da imunização do rebanho.

David Wallace-Wells
Formado em história pela Brown University, ficou conhecido pelo seu trabalho sobre mudanças climáticas na revista New York. Seu artigo mais conhecido é ” A terra inabitável”, virou um livro de sucesso. Possui 63 mil seguidores no Twitter.

Steven Pinker
Psicólogo e linguista canadense naturalizado americano, é formado pela Universidade McGill e doutor por Harvard, onde leciona. Durante 21 anos foi professor no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Pinker é conhecido por sua pesquisa sobre aquisição da fala e noções de desenvolvimento inato da linguagem iniciadas por Noam Chomsky. No Twitter, possui 691 mil seguidores. No Instagram, apenas 11 mil.

Daniel Dennett
Doutor em filosofia pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Dennett é professor universitário e codirector do Centro de Estudos Cognitivos (com Ray Jackendoff) na Universidade Tufts, nos EUA, tem 297 mil seguidores no Twitter.

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