Sob a nova onda de coronavírus causada pela variante ômicron, os EUA relataram pelo menos 1,13 milhão de novos casos de covid-19 na segunda-feira (10), segundo a Reuters. Este é o maior aumento em um único dia nos casos de covid-19 relatados por qualquer país.
À medida que a variante ômicron altamente transmissível se espalha rapidamente pelo mundo, vários países são forçados a apertar suas regras de viagem. A disseminação da variante ômicron colocou pressão sobre os sistemas hospitalares, pois eles estão optando por não realizar cirurgias eletivas para lidar com a escassez de funcionários.
Mais da metade da população europeia deve ser infectada pela ômicron do coronavírus nas próximas seis a oito semanas, disse nesta terça-feira (11) o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente, Hans Kluge.
França
O número de pessoas hospitalizadas com covid-19 na França aumentou em 767 para 22.749 na segunda-feira. O ministro da Saúde, Olivier Veran, informou que a variante ômicron, mesmo sendo menos ameaçadora, é altamente infecciosa e eleva o número de hospitais rapidamente. Mesmo com o aumento das hospitalizações, as novas internações líquidas permaneceram bem abaixo dos picos estabelecidos em novembro-dezembro do ano passado. O pico de hospitalização foi superior a 700 por quase um mês e as hospitalizações por Covid-19 atingiram o pico de 33.497 em 16 de novembro de 2020, segundo a Reuters.
Reino Unido
Enfrentando uma escassez de funcionários hospitalares, o governo do Reino Unido ordenou na segunda-feira que as maiores empresas privadas de saúde do país forneçam tratamentos cruciais se os hospitais estiverem sobrecarregados com pacientes de covid-19.
O secretário de Saúde Sajid Javid ordenou que o Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra (NHS) fechasse um acordo de três meses com empresas privadas de saúde para permitir que os pacientes recebam tratamentos como cirurgias contra o câncer.
“Milhões de pacientes já fizeram seus testes e tratamento mais rapidamente graças ao nosso acordo existente com fornecedores independentes”, disse David Sloman, diretor de operações do NHS da Inglaterra, segundo a Reuters. “Também coloca provedores de saúde independentes de prontidão para fornecer mais ajuda caso os hospitais enfrentem níveis insustentáveis de hospitalizações ou ausências de funcionários”, acrescentou Sloman.
Itália
Tomando uma posição estrita contra aqueles que não são vacinados contra o covid-19, o governo da Itália impôs na segunda-feira várias novas restrições para os não vacinados. Em ordem, o governo disse ser preciso apresentar comprovante de vacinação ou recuperação recente do covid-19 para visitar restaurantes, hotéis, teleféricos, feiras, andar em trens locais ou de longa distância e ônibus. A Itália também tornou obrigatória a vacinação contra o covid-19 para qualquer pessoa com 50 anos ou mais. Aqueles que desafiassem a ordem seriam multados em 100 euros.
Austrália
À medida que a variante ômicron se espalha pelo país, a Austrália ultrapassou na segunda-feira um milhão de casos de covid-19. Mais da metade desses um milhão foram registrados na semana passada, informou a Reuters. O primeiro-ministro australiano, Scott Morrision, disse que o país deve “atravessar” o rápido surto de ômicron. “Ômicron é uma mudança de marcha e temos que avançar”, disse Morrision, citando a Reuters.
Holanda
Na Holanda, as taxas de infecção também estão aumentando acentuadamente entre os funcionários dos hospitais, principalmente enfermeiros e auxiliares de enfermagem, informou o diário holandês De Telegraaf na sexta-feira (7), após uma pesquisa em oito grandes hospitais.
Nos piores casos, um em cada quatro testou positivo no período que antecedeu o Natal, como no Centro Médico da Universidade de Amsterdã, onde 25% dos funcionários agora apresentam resultado positivo, em comparação com 5% há uma semana.
Hospitais holandeses estão considerando mudar suas regras de quarentena para que funcionários infectados que não apresentem sintomas possam vir trabalhar, segundo o diário holandês De Telegraaf, já que os números diários de casos holandeses quebram recordes, apesar de um bloqueio rígido desde 19 de dezembro.