O UOL revelou nesta segunda-feira (5) uma série de gravações inéditas que indicam uma suposta participação do presidente Jair Bolsonaro em um esquema de ‘rachadinhas’ quando ele ocupava o cargo de deputado federal. Em um dos áudios divulgados pela coluna da jornalista Juliana Dal Piva, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente, conta que Bolsonaro demitiu o irmão dela pelo fato de ter se recusado a devolver a maior parte do salário como assessor. “O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo'”. O advogado Frederick Wassef, que representa a família Bolsonaro, negou as ilegalidades e disse que existe uma antecipação da campanha de 2022. Segundo o UOL, Wassef apontou que os episódios relatados por Andrea “são narrativas de fatos inverídicos, inexistentes, jamais existiu qualquer esquema de rachadinha no gabinete do deputado Jair Bolsonaro ou de qualquer de seus filhos”. Em uma outra troca de mensagens, Márcia Aguiar e Nathália Queiroz, mulher e filha de Fabrício Queiroz, tratam o presidente como “01” e discutem sobre o desejo do policial militar reformado de voltar a trabalhar como assessor de Flávio Bolsonaro. “É que ainda não caiu a ficha dele que agora voltar para a política, voltar para o que ele fazia, esquece. Bota anos para ele voltar. Até porque o 01, o Jair, não vai deixar. Tá entendendo? Não pelo Flávio, mas enfim não caiu essa ficha não. Fazer o quê? Eu tenho que estar do lado dele”, diz Márcia a Nathália. O áudio é outubro de 2019, período em que Queiroz ficou escondido na casa de Wassef, em Atibaia, no interior de São Paulo.