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Exame: Aprovação do governo Lula cai para 47%, aponta Genial/Quaest

Pesquisa aponta queda na aprovação do presidente e destaca preocupações sobre economia e comunicação

O início de 2025 trouxe um declínio na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a primeira pesquisa Genial/Quaest do ano, divulgada nesta segunda-feira, 27, e a primeira após a crise do Pix, a aprovação do presidente caiu de 52% em dezembro para 47%, enquanto a desaprovação subiu de 47% para 49% no mesmo período.

Ainda segundo o estudo, a avaliação do governo como “positiva” caiu para 31%, uma redução em relação ao mês anterior, quando a avaliação foi de 34%.

Por outro lado, a percepção “negativa” subiu, alcançando 37%.

O restante dos entrevistados avaliou o governo como “regular”, representando 28% dos respondentes.

O momento mais favorável do governo ocorreu em julho de 2024, quando 54% dos brasileiros aprovavam sua gestão. O pior índice foi registrado em maio do mesmo ano, com uma diferença estreita de três pontos percentuais entre aprovação e desaprovação.

Realizada entre 23 e 26 de janeiro, a pesquisa ouviu 4.500 pessoas e destacou um cenário de desafios econômicos, sociais e de comunicação para o governo.

Desafios na economia

A gestão econômica permanece como um ponto crítico para a administração petista.

O levantamento revelou que a maioria dos brasileiros percebeu alta nos preços nos últimos 12 meses, refletindo a pressão crescente sobre o custo de vida.

Em relação à gestão econômica do governo Lula, 42% dos entrevistados acreditam que o Brasil está na direção certa, enquanto 48% consideram que o país segue na direção errada.

A insatisfação com a economia tem impactado diretamente a avaliação geral do governo, com cobranças por soluções que controlem os preços e restabeleçam a confiança dos brasileiros.

Apesar das dificuldades, mais de 60% dos entrevistados acreditam que Lula é bem-intencionado.

O ‘Pix da questão’

A crise envolvendo o Pix, ocorrida no início do ano, se tornou um dos maiores desafios de comunicação do governo até o momento. A polêmica começou com a implementação de uma instrução normativa da Receita Federal que obrigava instituições financeiras a informar movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas.

O anúncio gerou uma onda de desinformação nas redes sociais, com boatos sobre a possibilidade de taxação do Pix. Esse pânico impactou trabalhadores informais e autônomos, que dependem do sistema para suas atividades diárias. O governo enfrentou críticas por não prever o impacto da medida e pela falha na comunicação inicial.

Para conter a crise, o presidente Lula publicou um vídeo realizando um pagamento via Pix, reafirmando sua gratuidade. No entanto, a ação não foi suficiente, e o governo optou por revogar a norma em 15 de janeiro. Além disso, uma Medida Provisória foi anunciada para garantir oficialmente a gratuidade e o sigilo do sistema.

Segundo a pesquisa, 66% dos entrevistados avaliaram que o governo mais errou do que acertou na condução do episódio e 53% consideraram negativa a comunicação do governo.

Em resposta, foi anunciada uma campanha publicitária de R$ 50 milhões para reforçar a confiança no sistema.

Validade de alimentos

Outro ponto avaliado pela pesquisa foi uma possível alteração na validade dos alimentos no país.

A medida sugerida em reunião com representantes de supermercadistas poderia levar à adoção de uma nova nomenclatura para prazos de validade, incluindo distinções entre o período ideal de consumo e o momento em que os produtos se tornam impróprios para uso.

Segundo a pesquisa da Genial/Quaest, a proposta enfrenta ampla rejeição da população. De acordo com o levantamento, 63% dos brasileiros são contrários à mudança.

Queda no nordeste

O Nordeste, historicamente um reduto de apoio a Lula, registrou uma queda de aprovação de 8 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Apesar disso, a região ainda sustenta um índice favorável de 59%, o mais alto do país.

Já no Sudeste, a aprovação caiu para 42%, refletindo a insatisfação com questões econômicas e recentes polêmicas, como a crise envolvendo o Pix. A região também teve um aumento na desaprovação, que agora ultrapassa a marca de 50%.

No Sul, Centro-Oeste e Norte, os índices permaneceram mais estáveis, mas com tendência predominante de desaprovação. O Sul, em particular, registra um cenário desfavorável, com cerca de 59% dos entrevistados insatisfeitos com a gestão.

Apoio entre jovens e idosos

Entre os jovens de 16 a 34 anos, Lula mantém um índice de aprovação relativamente elevado, com 45% considerando sua gestão positiva. A desaprovação, no entanto, aumentou, indo de 50% para 52% de dezembro para janeiro.

Entre os brasileiros com mais de 60 anos, apenas 40% aprovam o trabalho que governo tem feito, enquanto 40% manifestaram desaprovação.

Lula também tem uma aprovação mais alta entre as mulheres, com 49% delas aprovando seu governo e 47% desaprovando. Entre os homens, os índices ficam em 45% e 52%, respectivamente.


Por Tamires Vitorio

Publicação original: https://bit.ly/4gjlstU

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