Cunhado pelo deputado Kim Kataguiri, que se colocou na oposição há alguns meses, o termo “Bolsopetismo” é uma expressão criada para mostrar semelhanças crescentes entre o comportamento dos seguidores do presidente Jair Bolsonaro e o dos petistas.
Alguns sinais do recrudescimento deste Bolsopetistmo:
+ As recentes declarações do presidente sobre a política de preços na Petrobras, com a demissão do CEO da empresa, Roberto Castello Branco. Ainda não houve intervenção direta na estatal, mas a petista Gleisi Hoffmann gostou da sacudida que Bolsonaro deu na petrolífera.
+ Ultimamente, há centenas de posts nas redes sociais de bolsonaristas indignados com os arquivos revelados pela Vaza-Jato – e ontem, o próprio Presidente usou o Twitter para criticar o conteúdo dos vazamentos, em especial frases de Deltan Dallagnol.
+ Por fim, o governo está cada vez mais na base do cama, mesa e banho com o Centrão, algo que o PT fez durante os 14 anos no poder. E seus seguidores parecem compreender muito bem esta relação simbiótica.
Apesar dessas semelhanças e do gosto que Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro compartilham pelo populismo, não há como comparar as administrações de agora e a de dez anos atrás, nem nos seus altos nem nos seus baixos. O governo de hoje, mesmo com a guinada populista, guarda elementos muito fortes de direita e conservadorismo em seu bojo; os anos de Dilma, no entanto, tinham uma condução claramente esquerdista, seja na economia ou no comportamento.
Portanto, os seguidores até podem se parecer. Mas a diferença entre os líderes é flagrante e inquestionável.