O Supremo Tribunal Federal (STF) não proibiu o católico frei Gilson de realizar transmissões ao vivo pelas redes sociais, conforme apontam postagens enganosas. Não há registros no site do STF ou na grande imprensa de qualquer decisão do ministro Alexandre de Moraes que impeça o frade carmelita mensageiro de atuar. Apesar disso, o boato ganhou grande alcance, sendo escolhido a Fakenews da Semana de MR.
No TikTok, as postagens desinformativas acumularam em torno de 340 mil visualizações. No Kwai, o conteúdo enganoso foi visto 40 mil vezes, além de ter obtido 1,2 mil curtidas no Instagram e centenas de compartilhamentos no Facebook.
O boato se espalhou por meio de um post no Instagram que afirmava: “Urgente! STF cala Frei Gilson e proíbe suas lives após polêmica sobre papel da mulher”. A publicação incluía uma imagem dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes ao lado de uma foto do frade segurando um violão e falando ao microfone. Além de continuar suas transmissões normalmente, frei Gilson não é alvo de nenhuma ação judicial no STF.

Golpe e cura da solidão
Todavia, o religioso foi alvo de críticas por setores progressistas após afirmar em uma pregação que o papel das mulheres é “curar a solidão” e auxiliar os homens.
Ele também foi citado em um relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo as investigações, ele teria incentivaria fiéis com uma oração de cunho golpista. Ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).