Expectativa é que tecnologia comece as operações ainda no 1º semestre deste ano, com a implementação em duas etapas
O governo federal contratou uma inteligência artificial para combater fraudes em benefícios sociais e de aposentadoria. A ferramenta foi desenvolvida por uma empresa norte-americana, com custo de US$ 10,5 milhões. O valor foi informado ao Poder360, durante uma entrevista com o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto. Ele não quis compartilhar o nome da companhia desenvolvedora do sistema, que está em estágio de testes de segurança.
Uma inteligência artificial simula habilidades humanas a partir do aprendizado por sistemas computacionais. A ideia é que a tecnologia comprada pelo governo comece as operações ainda no 1º semestre deste ano, com a implementação em duas etapas. O acordo determina o pagamento em 18 parcelas. A responsável pela contratação foi a Dataprev, empresa pública ligada ao Ministério da Gestão que analisa os dados do INSS. …
“A Dataprev contratou, de novembro para dezembro, finalmente, a inteligência artificial que vai começar a ler os atestados e fazer batimento de comportamentos”, afirmou Stefanutto. O INSS é responsável por operacionalizar uma série de benefícios. Não significa, entretanto, que são administrados pelo órgão. Um exemplo é o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pagamento de 1 salário mínimo por mês a idosos de 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência com baixa renda. O Ministério do Desenvolvimento Social define o que as diretrizes e distribuição do auxílio.
Um esquema similar é realizado com o seguro-defeso, auxílio pago a pescadores quando a atividade está suspensa para o período de reprodução dos peixes. O BPC foi alvo de uma revisão de gastos. O Congresso Nacional aprovou parte das mudanças de regras para o benefício com a expectativa de economizar R$ 2 bilhões em 2 anos – valor considerado baixo para analistas financeiros.
Stefanutto enfatizou que iniciativas como a IA devem influenciar o ajuste nas contas públicas. “Acabam ajudando a fazer as economias que se comprometem com o governo, daí que vão sair. Tem mais coisa, mas aí são coisas que eu não posso contar enquanto não implementar”.