O governo do estado de São Paulo vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação para o uso emergencial da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech, caso o imunizante apresente eficácia de pelo menos 50% na análise preliminar. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (25) por Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, responsável pelos em São Paulo.
Até agora, mais de 5 mil voluntários participaram dos ensaios no Brasil. A meta é envolver 13 mil pessoas na pesquisa. Na segunda-feira (21), o cientista chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumaya Swaminathan, afirmou que uma vacina com 50% de capacidade de imunização poderia evitar um novo alastramento da pandemia.
A eficácia da CoronaVac deve ser conhecida a partir de 15 de outubro, afirmou Covas na quarta-feira (23), durante a apresentação dos dados de segurança da vacina na China. Somente 5,36% dos voluntários chineses que participaram da fase 3 teriam apresentado alguma reação. A Sinovac e o governo chinês afirmam que 5,01% tiveram sintomas leves, como dor no local da aplicação, fadiga e febre. Os números são considerados satisfatórios pelos coordenadores do estudo, dada a urgência da pandemia.