O governo Jair Bolsonaro (PSL) tem o desafio de melhorar a imagem do país no exterior, especialmente após a repercussão negativa das queimadas na Amazônia. Todos os setores da administração federal precisam estar engajados e ter uma estratégia uniforme para ter vantagem na batalha da comunicação. Divulgar as ações da gestão, mostrar compromisso com o desenvolvimento sustentável e ter diálogo com a imprensa estrangeira são algumas das ações que podem tornar mais positiva a percepção mundial sobre o Brasil.
Dito isso, é bom ressaltar que a tarefa não é tão simples. Muitos veículos internacionais que fazem a cobertura sobre os assuntos do país acabam priorizando informações de ONGs com ligações com o campo da esquerda, críticos ao governo. A versão tendenciosa acaba ecoando lá fora e ajuda a manipular os pensamentos dos estrangeiros.
Um exemplo foi relatado nesta segunda-feira (7) pela economista Elena Landau, que comandou o programa de privatização do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). No Twitter, Elena compartilhou uma conversa entre duas inglesas que testemunhou em Portugal. “Em Lisboa, na mesa ao lado duas inglesas conversam sobre arte e direitos humanos no Brasil. Estiquei o pescoço é claro. E ouço: ‘MST um movimento de pessoas que tiveram suas terras expropriadas'”, contou.
Não custa lembrar que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) nunca foi conhecido por perder a posse de propriedades. Pelo contrário, o movimento tem um histórico de invasões de terras para pressionar o governo a tirá-las dos verdadeiros donos.
O fato narrado pela economista reforça a necessidade de o governo Bolsonaro ser mais assertivo na comunicação no exterior, para atrair turistas e investidores ao país. Ao mesmo tempo, mostra que as fake news podem ser um obstáculo mais complicado a ser superado.