O Ministério do Meio Ambiente deve publicar até quinta-feira (15) o edital de concessão à iniciativa privada dos parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Juntas, as unidades de conservação totalizam uma área de cerca de 30,4 mil hectares (cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial). O destaque é o conjunto de cânions profundos que atraem um grande número de turistas e esportistas de montanha.
Em nota, a assessoria da pasta informou que companhias e entidades brasileiras ou estrangeiras interessadas poderão participar do processo de escolha do futuro concessionário de maneira individual ou em consórcio. O vencedor poderá explorar os serviços turísticos no interior das duas unidades de conservação ambiental.
A empresa ou grupo escolhido assumirá a gestão dos parques por 30 anos. Durante o período, deverá “revitalizar e modernizar a estrutura dos parques e gerenciar e fortalecer a conservação” das unidades, respeitando as normas ambientais específicas.
O edital foi estruturado por técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia responsável por administrar os parques Aparados da Serra e Serra Geral. Entre as obrigações do futuro concessionário estarão a manutenção de uma brigada de incêndio, monitoramento ambiental, manejo de espécies, programa de voluntariado, serviços de manutenção, limpeza, segurança dos visitantes, estacionamento, transporte interno e acessibilidade.
Ao visitar a região nesta quarta-feira (14), o ministro Ricardo Salles comentou. “Esta é a primeira concessão de parque que segue o novo modelo, que é mais convidativo ao setor privado, deve atrair mais investimentos e, portanto, gerar mais empregos e mais conservação ambiental”, afirmou. Na sequência, o governo pretende repassar à iniciativa privada os parques de São Francisco de Paula (RS) e Canela (RS).
De acordo com Salles, a concessão de Aparados da Serra e Serra Geral movimentará em torno de R$ 270 milhões ao longo de três décadas. “Nos primeiros quatro anos serão investidos R$ 14 milhões, com uma expectativa de um milhão de visitantes”, acrescentou o ministro.
(Agência Brasil)