O Palácio do Planalto tem dois impasses para resolver antes de efetivar a troca no comando do Ministério da Saúde. Para assumir o cargo, o médico Marcelo Queiroga precisa se desincompatibilizar de duas clínicas de cardiologia em João Pessoa (PB), já que a Lei 8.112 de 1990 proíbe que servidores públicos estatutários sejam sócios administradores de empresas privadas. O outro abacaxi está relacionado ao destino do general Eduardo Pazuello. O blog da Andréia Sadi, no G1, revela que há uma articulação para tentar garantir foro privilegiado a Pazuello, que é alvo de um inquérito no STF que apura a suposta omissão dele nas ações de enfrentamento à pandemia, principalmente no colapso do sistema de saúde de Manaus (AM). Uma possibilidade seria a criação do ministério extraordinário da Amazônia, para tratar de temas ligados ao bioma, como o desmatamento. A opção poderia esvaziar ainda mais os poderes do vice-presidente Hamilton Mourão, que hoje comanda o Conselho Nacional da Amazônia e mantém uma relação fria com o presidente Jair Bolsonaro.