O ministro da Economia, Paulo Guedes (imagem), comentou a aprovação das emendas de relator no Congresso na noite de segunda-feira (29), que definiram os limites nos montantes, mas mantiveram o sigilo do que foi repassado em 2020 e 2021, contrariando o Supremo Tribunal Federal (STF) e qualquer princípio de transparência na gestão pública.
De acordo com o site O Antagonista, Guedes disse que a prática já era usada quando Rodrigo Maia era presidente da Câmara, mas não eram comentadas abetamente, pois ele fazia oposição ao governo. Em tom de puro pragmatismo, o ministro disse que governo Bolsonaro usa as RP9 para beneficiar deputados em troca do apoio, quebrando o princípio de impessoalidade do Orçamento da União. “Agora, que é metade daquele dinheiro, mas para apoiar o governo e fazer reformas, todo mundo descobriu que o orçamento é secreto. Aquilo não foi criado pelo [Arthur] Lira, foi antes”, confirmou Guedes, em um evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.