Deputado federal foi alvo de uma operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira
Na antevéspera do segundo turno das eleições municipais em Goiânia, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) foi alvo de uma operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (25).
Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Gayer questionou o momento da ação, alegando que ela tem em vista prejudicar a candidatura de Fred Rodrigues (PL), seu aliado na disputa contra Sandro Mabel (União), candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (União).
“Dois dias antes das eleições, acordo às 6h da manhã com a Polícia Federal esmurrando minha porta. Fui alvo de busca e apreensão, a mando do Alexandre de Moraes. Não temos acesso ao inquérito, que foi aberto em setembro e é sigiloso”, declarou Gayer.
A operação investiga um grupo suspeito de desviar recursos da cota parlamentar e de falsificar documentos para criar uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), entidade usada para obter e desviar verbas públicas. Segundo a PF, a investigação aponta indícios de associação criminosa e crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato. Durante a ação, 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília, Goiânia, Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO) e Aparecida de Goiânia (GO).
Na residência de um assessor de Gayer, a polícia apreendeu R$ 72 mil em espécie. A PF identificou ainda irregularidades na constituição da OSCIP, cuja ata de criação continha datas retroativas que configuravam um quadro social composto por crianças de 1 a 9 anos, reforçando as suspeitas de falsificação.
A verba desviada da cota parlamentar pelo deputado federal pode chegar a R$ 842 mil. É o que aponta cruzamento feito pela coluna da Metrópoles com base na investigação da Polícia Federal e em dados do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.