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Haddad vê ata do Copom como ‘mais amigável’

Governo trava um embate com a autoridade monetária, que manteve a taxa de juros em 13,75% na semana passada

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), classificou nesta terça-feira (7) a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central como “mais amigável”. O governo trava um embate com a autoridade monetária, que manteve a taxa de juros em 13,75% na semana passada —patamar considerado elevado e criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A ata do Copom veio melhor do que o comunicado. Uma ata mais extensa, mais analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho do Ministério da Fazenda. Uma ata mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados”, afirmou.

Na véspera, Haddad havia afirmado que a autoridade monetária poderia ter sido “um pouco mais generosa” no comunicado divulgado na semana passada, quando a Selic foi anunciada. Na visão do ministro, não foram levadas em conta as medidas anunciadas pela gestão petista para melhorar as contas públicas.

Haddad argumenta que os alertas do BC sobre a situação fiscal referem-se, sobretudo, ao legado deixado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para a atual administração

Copom

Na ata divulgada nesta terça, o colegiado do BC trouxe uma avaliação positiva sobre o pacote apresentado pela equipe econômica do governo Lula em 12 de janeiro.

A autoridade monetária afirmou que, embora só trabalhe em seus cenários com políticas já implementadas, a execução do pacote que promete uma melhora fiscal de R$ 242,7 bilhões poderia reduzir a pressão sobre a inflação.

“Alguns membros notaram que as medianas das projeções de déficit primário do QPC (Questionário Pré-Copom) e da pesquisa Focus para o ano de 2023 são sensivelmente menores do que o previsto no orçamento federal, possivelmente incorporando o pacote fiscal anunciado pelo Ministério da Fazenda”, disse.

Em outro trecho do documento, o BC voltou a citar o conjunto de medidas, dizendo que “será importante acompanhar os desafios na sua implementação”.

Neste momento, o BC já está ajustando a taxa Selic para tentar atingir a meta de inflação dos próximos anos, uma vez que as decisões sobre juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia.

  • Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
  • A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

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