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Itamaraty cobra explicações de embaixador da Hungria

Defesa de Bolsonaro confirma que ele ficou 2 dias na embaixada, onde não poderia ser preso por autoridades brasileiras, dias após a operação da PF

O Itamaraty convocou nesta segunda-feira (25) o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para explicar por que a embaixada abrigou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por dois dias. O Ministério das Relações Exteriores ressaltou a Halmai que o ex-mandatário responde a processos criminais no Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro ficou entre 12 e 14 de fevereiro na embaixada húngara em Brasília, como mostrou o jornal The New York Times. Na semana anterior, em 8 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) apreendeu o passaporte do ex-presidente, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, em uma investigação sobre uma articulação golpista. No prédio da representação da Hungria no Brasil, Bolsonaro não poderia, por exemplo, ser preso.

Por meio da secretária de Europa e América do Norte, embaixadora Maria Luísa Escorel, o Itamaraty informou oficialmente ao embaixador da Hungria que Bolsonaro responde a diversos processos criminais no Supremo, e que tem exercido seu direito de defesa amplamente, como de praxe em um país democrático.

A ida do embaixador ao Ministério das Relações Exteriores foi a segunda em pouco mais de um mês. Halmai foi convocado ao Itamaraty no começo de fevereiro para explicar uma postagem do primeiro-ministro Viktor Orbán em defesa de Bolsonaro.

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