Ex-capitão de exército e deputado federal, Jair Bolsonaro é o 38o. presidente do Brasil. Curiosamente, não é o primeiro ex-militar que consegue a presidência nas urnas. Em 1946, Eurico Gaspar Dutra conseguiu essa primazia pelo Partido Social Democrático e governou o país até 1951.
Impulsivo, enérgico e polêmico, Bolsonaro conquista a presidência com um discurso anti-petista e é o primeiro paulista a ser eleito ao Planalto desde 1930. Durante a campanha, foi muito agressivo em relação à esquerda e defendeu com unhas e dentes o conservadorismo na seara dos costumes.
Na prática, sabe-se pouco de suas ideias e de seu plano de governo. A única certeza é a de que a economia seguirá a cartilha liberal, sob a batuta do economista Paulo Guedes, um discípulo de Milton Friedman, prêmio Nobel de Economia, e da Universidade de Chicago. Ou seja, espera-se que haja uma desburocratização do ambiente de negócios, privatizações e um enxugamento do Estado brasileiro. Além disso, o perfil do novo presidente é uma garantia de que a corrupção será combatida de forma veemente nas entranhas da administração federal.
Qual será sua postura como presidente? Adotará um discurso conciliador ou se sentirá apoiado para endurecer suas posições. Quem está próximo ao círculo do novo presidente aposta que ele vai falar ainda mais grosso daqui para frente — se isso ocorrer, é preocupante. Afinal, Bolsonaro vai governar todos os brasileiros e náo apenas os 56 % dos eleitores que votaram nele.
