A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) deve confirmar nesta semana o novo afastamento de Wilson Witzel (PSC) do governo do Rio de Janeiro – reforçando uma determinação anterior do STJ. A expectativa é que os deputados votem na quarta-feira (23) o parecer favorável da comissão especial da Casa que analisou o pedido de impeachment de Witzel. A instauração do processo foi motivada por suspeitas de fraudes em contratos na Saúde durante as ações de combate à pandemia do novo coronavírus. No Twitter, o governador rejeitou a possibilidade de deixar o cargo voluntariamente, disse que não há provas de irregularidades contra ele e mostrou confiança em retomar o posto. “Jamais renunciarei. Em 1 ano e 7 meses de gestão, fiz muito pelo Estado: salários em dia; ampliação dos programas de segurança; aumento da carga horária dos professores, investimentos robustos em ensino e pesquisa; dentre outras realizações”, escreveu. “De todos os meus atos pegaram apenas um, que é juridicamente correto, e o associam a recebimento de valores, do que não há provas pelo fato de não ter ocorrido. Não há nenhuma relação com a Unir e as empresas contratadas pelo escritório da minha esposa”, acrescentou. “A vida me forjou nos desafios. Menino pobre, orgulho de uma doméstica e de um metalúrgico. Resistirei. Politicamente, minha história está apenas começando. Juridicamente, minha absolvição e retorno imediato ao cargo no qual o povo me colocou é o único caminho possível”, completou. Caso o plenário da Alerj decida pelo avanço do impeachment, será formada uma comissão mista composta por cinco deputados e cinco desembargadores. Os trabalhos serão conduzidos pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Claudio de Mello Tavares. O colegiado terá 180 dias para concluir o procedimento e definir sobre o afastamento definitivo ou não de Witzel.