Deputado federal do Avante-MG foi gravado cobrando dinheiro de servidores em 2019 para cobrir despesas de campanha
A Polícia Federal (PF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão investigando a suspeita de rachadinha no gabinete do deputado federal André Janones (Avante-MG). O ministro Luiz Fux encaminhou informações ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a PF investigue a consistência das provas de uma denúncia feita por um ex-assessor, Cefas Luiz Paulino.
Em setembro do ano passado, membros da Abin se reuniram com o denunciante em Brasília, gravando relatos de supostas irregularidades no gabinete de Janones, inclusive o uso de fake news durante as eleições de 2022.
A denúncia se baseia em um áudio no qual um aliado de Janones afirma ter repassado R$ 60 mil ao deputado e à atual prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes (Avante), vindos do esquema de rachadinha. A acusação aponta para saques frequentes dos salários dos servidores, dinheiro que supostamente era entregue a Leandra, na época assessora de Janones. Paulino também alega que a quebra do sigilo bancário dos funcionários do gabinete evidenciaria esse padrão de saques em dinheiro. Além disso, acusa Janones de receber propina e menciona supostos casos de superfaturamento em contratações de artistas pela prefeitura de Ituiutaba.
Recentemente, foi revelado que Janones cobrava parte do salário dos assessores para gastos pessoais e solicitou valores consideráveis para uso em campanhas eleitorais.
