Brazão teria direito a 420 dias de férias não tiradas no TCE, entre 2017 e 2023
A Justiça do Rio de Janeiro acatou um pedido de urgência e suspendeu, nesta segunda-feira (1º), a conversão em dinheiro do período de férias acumulados por Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), em episódio que também vitimou o motorista Anderson Gomes em março de 2018. A conversão possibilitava o pagamento de R$ 581 mil.
A ação que derrubou a conversão foi apresentada pelo deputado federal Tarcísio Motta (Psol). O valor é referente a mais de 400 dias de férias não usufruídas.
A suspensão foi decidida pela juíza Geórgia Vasconcellos, da 2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital. “Pelo exposto, considerando-se que presentes os requisitos mínimos previstos no artigo 300 do CPC, bem como a total reversibilidade da medida, defiro o pedido liminar para suspender todos os efeitos da decisão da Presidência do TCE-RJ”, escreveu a magistrada.
O despacho que autoriza o pagamento dos R$ 581 mil a Domingos Brazão consta na edição de 13 de março do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.
Em 24 de março, o conselheiro e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), foram presos pela Polícia Federal como mandantes do crime. Na ação, também foi detido o delegado Rivaldo Barbosa, da Polícia Civil, suspeito de ter obstruído as investigações.
Domingos Brazão foi afastado das funções que exercia do TCE-RJ em 2017, em meio a uma operação que investigava ilegalidades em decisões proferidas pela Corte. No ano passado, a Justiça determinou o retorno dele às atividades de conselheiro de contas. Mesmo no período em que ficou afastado, Brazão seguiu recebendo os vencimentos mensais dos integrantes da Corte: R$ 52 mil.
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