Em jantar realizado nesta semana, o ex-prefeito e ex-ministro Gilberto Kassab se encontrou com um pequeno grupo de empresários em São Paulo. Os convidados ouviram que a chamada Terceira Via tinha três candidatos fortes, mas apenas um viável. O primeiro, João Doria, seria rejeitado em seu próprio estado, o que prejudicaria sua candidatura. Em seguida, falou de Eduardo Leite, que na avaliação do cacique do PSD não conseguiria unir o partido em torno de seu nome. Por fim, para ele, sobraria apenas Rodrigo Pacheco – o único que poderia sair vitorioso nas urnas.
“Quem é Rodrigo Pacheco?”, perguntou um dos convivas. Em meio a um silêncio constrangedor, este comensal ouviu, entre cochichos, que se tratava do presidente do Senado. Kassab não se fez de rogado e exaltou as qualidades de seu candidato, incluindo elogios ao porte do senador, que seria “presidencial”. Ele também disse apostar em um segundo turno entre o seu correligionário e Luiz Inácio Lula da Silva, por achar que Bolsonaro vai perder terreno até 2022. Mas, na eventualidade de um confronto entre Bolsonaro e Lula, quem ele apoiaria? “Lula”, respondeu.
Alguns presentes ponderaram que o ex-presidente era um ex-presidiário. Kassab não se fez de rogado e argumentou com o regulamento embaixo do braço, afirmando que Lula – uma vez que o processo voltou à estaca zero – é apenas acusado de irregularidades e não pode ser considerado um criminoso.
Os empresários não saíram exatamente entusiasmados do jantar.
Uma resposta
Hipocrisia não falta.
Lula, livre ou não, é criminoso!