Renan Santos e familiares são donos de empresas quebradas e inativas que, juntas, somam R$ 396 milhões em dívidas
O Ministério Público (MP) obteve autorização da Justiça para aprofundar investigações sobre uma empresa usada pela família do coordenador e co-fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan dos Santos, para fazer movimentações milionárias. O órgão aguarda o resultado de uma quebra de sigilo sobre as transações consideradas suspeitas.
A Angry Cock foi usada por Renan e sua irmã, Stephanie, para movimentar R$ 1,8 milhão, segundo dados da Operação Juno Moneta, de 2020. A Receita Federal aponta que Renan e familiares são donos de empresas quebradas e inativas que, juntas, somam R$ 396 milhões em dívidas.
O fisco diz em um de seus relatórios que “eles não declaram nem pagam os tributos devidos, e, com isso, enriquecem com a apropriação indevida dos impostos pagos pelos consumidores finais”. Mesmo inativas e endividadas, as empresas fazem depósitos nas contas da família Santos. Renan nega irregularidades.
Durante a Operação Juno Moneta, o juiz Marco Martin Vargas afirmou que as movimentações financeiras de Renan, entre 2016 e 2019, eram incompatíveis com os rendimentos declarados. O líder do MBL não exercia nenhuma atividade com carteira assinada. Enquanto procurador da Angry Cock, Renan recebeu e transferiu R$ 470 mil entre 2016 e 2019. Sua irmã, Stephanie, chegou a movimentar R$ 1,3 milhão. O MP pediu uma quebra de sigilo bancário mais detalhada dessa empresa, por causa de doações de mais de R$ 1 milhão de outros destinatários para a conta da Angry Cock. A Justiça autorizou. A investigação aguarda resposta dos bancos para análise do pedido.
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