Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que, neste momento, o apresentador Luciano Huck discute com seis partidos diferentes o seu futuro político. São eles: Cidadania, PSDB, DEM, PSB, PSD e Podemos. São agremiações que vão da esquerda à direita, passando por uma que já possui dois candidatos cogitados por seus filiados (os tucanos têm à disposição os governadores João Doria e Eduardo Leite).
À primeira vista, este assédio indica o grande potencial do candidato. Porém, ao olharmos de perto, o cardápio partidário variado mostra que Luciano Huck não tem exatamente uma consistência ideológica. Ele, por exemplo, já escreveu artigos sobre elevar os impostos dos mais ricos para reduzir a desigualdade social do país – algo que vai contra a agenda liberal e agrada o discurso de esquerda. Por outro lado, já disse não acreditar em “Estado gestor” a vários empresários, um óbvio agrado à direita.
Diante deste discurso aparentemente contraditório, Luciano Huck pode ser definido como um software de esquerda rodando em um hardware de direita. Mas, dependendo de sua opção partidária, também poderia ser classificado como um software de direita rodando em um hardware de esquerda.
Agora, só resta esperar escolha do apresentador para saber como melhor defini-lo.